Capítulo 7



trecho do livro Conversando com Deus II - Neale Donald Walsch

"...

Por que o Senhor criou dois sexos? Esse foi o único modo que pôde imaginar para nós nos recriarmos? Como deveríamos lidar com essa incrível experiência chamada sexualidade?


Certamente não com vergonha. E não com culpa e medo.
Porque vergonha não é virtude, culpa não é bondade e medo não é respeito.
E não com luxúria, porque luxúria não é paixão; não com abandono, porque abandono não é liberdade; e não com agressividade, porque agressividade não é ânsia.
E obviamente não com idéias de controle, poder ou domínio, porque elas não têm nada que ver com Amor.
Mas... o sexo pode ser usado com objetivos de simples gratificação pessoal? A resposta surpreendente é sim - porque "gratificação pessoal" é apenas outro termo para Amor Próprio.
A gratificação pessoal adquiriu uma conotação negativa ao longo dos anos, o que é o principal motivo de haver tanta culpa ligada ao sexo.
Disseram-lhe que não deve usar para gratificação pessoal algo que é muito gratificante pessoalmente! Essa óbvia contradição é clara para você, mas não sabe aonde chegar com a conclusão! Então decide que se você se sentir culpado pelo fato de se sentir bem durante e após o sexo, ao menos se reabilitará.
Isso não é diferente da cantora famosa que todos vocês conhecem, cujo nome Eu não direi aqui, que recebe milhões de dólares para cantar. Quando lhe pediram para comentar o seu incrível sucesso e as riquezas que lhe proporcionou, ela disse: "Eu me sinto quase culpada porque adoro cantar." A implicação é clara. Se você adora fazer algo, não deveria também ser recompensado com dinheiro. A maioria das pessoas ganha dinheiro fazendo algo que detesta - ou pelo menos algo que é trabalho duro, não um eterno prazer!


Portanto, a mensagem do mundo é: 
se você se sentir mal em relação a algo, então poderá apreciá-lo!

Com freqüência você usa a culpa em sua tentativa de sentir-se mal em relação a algo que o faz sentir-se bem - e assim se reconcilia com Deus... que você acha que não quer que se sinta bem em relação a nada!
Você não deve especialmente sentir-se bem com os prazeres do corpo. E absolutamente não (como a sua avó costumava sussurrar) com o "S-E-X-O ..." 


Bem, a boa notícia é que não há mal algum em adorar o sexo!
E também não há mal algum em adorar a Si Mesmo!
Na verdade, isso é fundamental.

O que não o beneficia é tornar-se viciado em sexo (ou em qualquer outra coisa). 
Mas não há "mal algum" em adorá-lo!
Pratique dizer isto dez vezes por dia:
EU ADORO O SEXO
Pratique dizer isto dez vezes:
EU ADORO O DINHEIRO
Agora, quer algo realmente difícil? Tente dizer isto dez vezes:
EU ADORO A MIM MESMO!
Eis aqui algumas outras coisas que não esperam que você adore.
Pratique adorá-las:
O PODER, A GLÓRIA, A FAMA, O SUCESSO, A VITÓRIA
Quer mais? Tente estas. Você deveria realmente se sentir culpado se as adorasse:
A LISONJA, SER MELHOR, TER MAIS, SABER COMO, SABER POR QUÊ
Já chega? 


Espere Eis a culpa máxima. 
Você deve senti-la se achar que:
CONHECE DEUS

Não é interessante? Durante toda a sua vida fizeram com que você se sentisse culpado pelas COISAS DE QUE MAIS GOSTA. Contudo, Eu lhe digo que adore, adore, adore as coisas que deseja - porque seu amor por elas as atrairá para você.

É dessas coisas que é feita a vida. 
Quando você as adora, adora a vida! 
Quando declara o seu desejo por elas, 
anuncia que escolhe tudo de bom que a vida tem a oferecer!

Então escolha o sexo - todo sexo que puder ter! 
Escolha o poder - todo poder que puder ter! 
Escolha a fama - toda fama que puder ter! 
Escolha o sucesso - todo sucesso que puder ter! 
E escolha a vitória - toda vitória que puder ter!


Contudo, não escolha o sexo em lugar do amor, mas como uma celebração dele. 
Não escolha o poder sobre, mas o poder com. Não escolha a fama como um objetivo em si, mas como um meio de atingir um objetivo mais amplo. Não escolha o sucesso à custa dos outros, mas como uma ferramenta com a qual ajudar os outros. 


E não escolha vencer a qualquer preço, 
mas a vitória que não custe coisa alguma às outras pessoas, 
e até mesmo os beneficie.

Vá em frente e escolha a lisonja - mas veja todas as outras pessoas como seres que você pode lisonjear, e faça isso! Vá em frente e escolha ser melhor - não melhor do que os outros, mas melhor do que você era antes.

Vá em frente e escolha ter mais, mas apenas para ter mais para dar. E sim, escolha “saber como” e “saber por que” – para poder partilhar todo esse conhecimento com os outros.


E sem dúvida escolha CONHECER DEUS. 
De fato, ESCOLHA ISSO PRIMEIRO, 
e todo o resto se seguirá.

Durante toda a sua vida, você aprendeu que é melhor dar do que receber. Contudo, você não pode dar o que não tem. É por isso que a gratificação pessoal é tão importante – e tão malvista que passou a parecer ruim. Obviamente, não estamos falando aqui da gratificação pessoal à custa das outras pessoas, de ignorar as necessidades delas. Contudo, a vida também não deveria exigir que fossem ignoradas as próprias necessidades. Dê-se muito prazer, e terá muito prazer para dar às outras pessoas. Os mestres do sexo tântrico sabem disso. É por esse motivo que encorajam a masturbação, que alguns de vocês consideram pecado.

A masturbação? Ah, puxa vida! O Senhor realmente passou dos limites aqui. Como pode tocar nesse assunto – ao menos mencioná-lo – em uma mensagem que se supõe que venha de Deus?

Eu entendo. Você tem um julgamento sobre a masturbação.

Bem, Eu não tenho, mas muitos leitores poderiam ter. E achei que o Senhor havia dito que estávamos produzindo este livro para outras pessoas lerem.

E estamos.

Então por que as está ofendendo deliberadamente?

Eu não estou “ofendendo deliberadamente” ninguém. As pessoas têm liberdade para ser “ofendidas” ou não, como escolherem. Contudo, você realmente acha que será possível falarmos clara e abertamente sobre sexualidade humana sem que alguém escolha ficar “ofendido”?

Não, mas há limites. Eu não acho que a maioria das pessoas esteja pronta para ouvir Deus falar sobre masturbação.

Se for para este livro se limitar ao que 
“a maioria das pessoas” 
está pronta para ouvir Deus falar, 
será um livro muito pequeno. 
A maioria das pessoas nunca está pronta 
para ouvir Deus falar quando Ele está falando. 
Geralmente elas esperam dois mil anos.

..."

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